Contos da noite
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Tumba de Anjo
"Aquele olhar demoníaco não saia de sua cabeça."
Para onde quer que Ada olhasse aquele par de olhos azuis; cor de gelo, lhe encarava, parecia onipresente, parecia sempre sorrir por debaixo daquela máscara.
Pensou em pedir ajuda, em um momento de fraqueza comentou com o algoz sobre suas suspeitas, mas estava fora de si, fragilizada pelo momento, queria um abraço, um aperto, um amigo...
Ernest se mostrou um bom amigo e aliado durante anos. Sempre prestativo, sempre um bom ouvinte e sábio a ponto de lhe conceder bons conselhos.
Mas bastou ele subir alguns degraus que o sentimento de inveja, misto com o de perda, sim, perda, Ada tinha medo de Ernest tomar o que era seu.
De todos os vampiros do clã das rosas somente ele era o único que tinha o potencial de arrancar tudo que conquistou.
"Mas será que ele queria mesmo seu lugar? Será que não foi sempre ele que regeu o clã das rosas pelas sombras? Afinal de contas Ada nunca deu um avanço sequer sem sua supervisão, sem sua consulta!"
Ada era o corpo belo que todos viam, admiravam, e recebia os elogios, quando Ernest, era a alma do clã na cidade de Austin, astuto a ponto de negar qualquer posição, mas que nunca se afastou das políticas de fato.
Ada esteve a seus pés o tempo todo, talvez este tenha sido seu erro.
Precisava libertar os grilhões....
...
Já fazem oito noites, oito malditas noites que passou a maior vergonha de sua vida e de sua não-vida.
Talvez fosse melhor deixar a cria dele em paz, acreditar em suas palavras e naquele olhar doce e triste, que explicava que não queria isso, não queria cargos, não queria ser maior.
Talvez fosse melhor acreditar que Ethan, em um momento tempestivo, agiu sem lhe consultar, colocando o único que poderia roubar sua coroa de espinhos, colocando-o em um local de destaque, não só ele, como também sua cria.
Humilhada Ada sequer atende os telefonemas, sequer se alimenta, apenas chora lágrimas de sangue em seu quarto.
...
"Coragem Ada." -Dizia seus demônios enquanto preparada o nó corredio-
As cordas não lhe matariam, não precisava mais respirar; mas serviria para quebrar seu pescoço e evitar que se liberte do castigo que daria a si quando a besta assumisse.
"O sol já vai sair. Você deve ser rápida"- Ada faz uso de sua habilidade sanguínea para fazer os preparativos-
Confere uma vez mais os nós, estava perfeito, sua última obra de arte.
" A noite é sempre mais escura antes de amanhecer..."
-Pensava contemplativa-
Ada sobe na sacada secando uma vez mais o seu rosto e respirando fundo para ganhar coragem. Naquele instante o demônio lhe dá a mão e oferece o lenço para que seque seu rosto.
Passos vacilantes conduzem a rosa ao abismo.
O passo para o fim foi dado...
CRAC!
_Viu só, não foi tão difícil...
Ainda conseguia ouvir as vozes... As vozes...
_Este foi o barulho de seu pescoço se quebrando, e como você não se alimenta a dias, não tem como se curar mais, nem se arrepender do que foi feito.
_Você conseguiu, contemple o novo amanhecer...
Os primeiros raios de sol começaram a queimar os pés, até atingir seu ápice em questão de segundos.
Não demorou muito para a filha de Caim encontrar sua morte libertadora.
Pelo menos os demônios foram embora.
Para onde quer que Ada olhasse aquele par de olhos azuis; cor de gelo, lhe encarava, parecia onipresente, parecia sempre sorrir por debaixo daquela máscara.
Pensou em pedir ajuda, em um momento de fraqueza comentou com o algoz sobre suas suspeitas, mas estava fora de si, fragilizada pelo momento, queria um abraço, um aperto, um amigo...
Ernest se mostrou um bom amigo e aliado durante anos. Sempre prestativo, sempre um bom ouvinte e sábio a ponto de lhe conceder bons conselhos.
Mas bastou ele subir alguns degraus que o sentimento de inveja, misto com o de perda, sim, perda, Ada tinha medo de Ernest tomar o que era seu.
De todos os vampiros do clã das rosas somente ele era o único que tinha o potencial de arrancar tudo que conquistou.
"Mas será que ele queria mesmo seu lugar? Será que não foi sempre ele que regeu o clã das rosas pelas sombras? Afinal de contas Ada nunca deu um avanço sequer sem sua supervisão, sem sua consulta!"
Ada era o corpo belo que todos viam, admiravam, e recebia os elogios, quando Ernest, era a alma do clã na cidade de Austin, astuto a ponto de negar qualquer posição, mas que nunca se afastou das políticas de fato.
Ada esteve a seus pés o tempo todo, talvez este tenha sido seu erro.
Precisava libertar os grilhões....
...
Já fazem oito noites, oito malditas noites que passou a maior vergonha de sua vida e de sua não-vida.
Talvez fosse melhor deixar a cria dele em paz, acreditar em suas palavras e naquele olhar doce e triste, que explicava que não queria isso, não queria cargos, não queria ser maior.
Talvez fosse melhor acreditar que Ethan, em um momento tempestivo, agiu sem lhe consultar, colocando o único que poderia roubar sua coroa de espinhos, colocando-o em um local de destaque, não só ele, como também sua cria.
Humilhada Ada sequer atende os telefonemas, sequer se alimenta, apenas chora lágrimas de sangue em seu quarto.
...
"Coragem Ada." -Dizia seus demônios enquanto preparada o nó corredio-
As cordas não lhe matariam, não precisava mais respirar; mas serviria para quebrar seu pescoço e evitar que se liberte do castigo que daria a si quando a besta assumisse.
"O sol já vai sair. Você deve ser rápida"- Ada faz uso de sua habilidade sanguínea para fazer os preparativos-
Confere uma vez mais os nós, estava perfeito, sua última obra de arte.
" A noite é sempre mais escura antes de amanhecer..."
-Pensava contemplativa-
Ada sobe na sacada secando uma vez mais o seu rosto e respirando fundo para ganhar coragem. Naquele instante o demônio lhe dá a mão e oferece o lenço para que seque seu rosto.
Passos vacilantes conduzem a rosa ao abismo.
O passo para o fim foi dado...
CRAC!
_Viu só, não foi tão difícil...
Ainda conseguia ouvir as vozes... As vozes...
_Este foi o barulho de seu pescoço se quebrando, e como você não se alimenta a dias, não tem como se curar mais, nem se arrepender do que foi feito.
_Você conseguiu, contemple o novo amanhecer...
Os primeiros raios de sol começaram a queimar os pés, até atingir seu ápice em questão de segundos.
Não demorou muito para a filha de Caim encontrar sua morte libertadora.
Pelo menos os demônios foram embora.
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