Elísio - Capitólio estadual do Texas (Austin)

[Próximo post ruas centrais]

Narração - Seraph

[Próximo post ruas centrais]

Narração - Obah

A "Toreadora" cria de Ernest Glenn finalmente chega ao capitólio. Como instruída por seu senhor, deveria se apresentar ao príncipe assim que chegasse.

Chegou no fim da madrugada, eram 04:00 no painel de seu carro modelo esportivo Bugatti Veyron.



Somente agora, após sair do veículo que Obah se deu conta que estava dentro de um dos possantes mais caros do mundo. Cortesia, claro, de seu mais novo senhor; Ernest Gleen.

Obah desce rápida do veículo, se estivesse viva sem dúvida estaria eufórica. Com os braços cruzados dá a volta em torno do carro. Soltando um assovio alto, algo tipo UAU.

- Meu pai sabe das coisas.

Roda com a chave em torno do dedo.

- Até que gostei disso... dirigir... nada mal Obah cria de Ernest Gleen.

Não sabe se estacionou corretamente e nem no local mais indicado. Mas devido ao horário adentra o Elísio ligeira procurando qualquer servo que pudesse lhe indicar onde encontrar o príncipe. Para quem lhe perguntar quem é, diria em alto e bom tom que era a nova filha do Zelador e estava ali para se apresentar ao soberano da camarilla de Austin.

Todo um protocolo de segurança foi pedido pelo segurança da porta.

Ele estava dentro uma cabine metálica que refletia a imagem de qualquer pessoa que ali se identificasse, impedindo contato físico e visual.

Após colocar os olhos em um leitor de retina e checar as digitais, estranhamente estava liberado o acesso para Obah Abdalla.

A vampira sobe pelo corredor exclusivo para membros e entra na ala secreta.
Já conhecida aquele caminho.

A Toreadora estava completamente cansada, tanto pelo sol que ressurgiria em todo seu explendor, quanto pelo noite fatídica que teve no dia de hoje. Estava morta.

Obah tentou ser o mais rápida que poderia , mas mesmo assim não chegara a tempo de fazer o que lhe foi ordenado fazer.
Se apresentar oficialmente à Ethan , muitas eram suas ações agora que tinha que prestar conta de seus atos à uma seita.

Apesar de sentir a presença do malkaviano todo o tempo a observando . Encontrar a sala secreta vazia foi novamente frustrante.

Anda devagar pelo local , o sono começava a dominar. Se sentia vazia e perdida como uma neófito e aquilo era realmente irritante.

Depois de um tempo sussurra como se conversasse consigo mesma.

- Ainda não confia em mim não é mesmo ?

Seu olhar cabisbaixo era realmente o de uma criança da noite querendo colo. Falava de novo com o nada , como uma louca.

Obah sente um deslizar de dedos leves, porém ásperos tocar-lhe o rosto, enquanto aquele a quem tanto procura surge translúcido, para em questões de segundo a imagem se massificar.

Ethan mantinha uma feição inexpressiva, enquanto em sua mente tentava desvendar os desejos mais profundo da mulher que tinha uma cor de ébano brilhante e aparência formosa.

_Eu queria que você dormisse...

_Sem que eu precisasse lhe forçar mais uma vez a isso!

Se cala e encara a Toreadora.

Fecha os olhos ao ser tocada ouve cada palavra sem se mover.

- Estou sem chão... tenho ódio... quero vingança... não sei como me comportar daqui pra frente.

Após o término do sermão, volta a encarar o Malkaviano com um sorriso amarelo.

- Acho que continuo sendo uma ameaça ambulante.

Olha para os lados.

- Teremos uma testemunha ou posso fazer o que combinamos aqui?

Então sem esperar resposta se ajoelha em reverência, talvez pela primeira vez não parece debochar.

- Existe algum protocolo ou eu Obah Abdalla, do clã das Rosas, cria de Ernest Gleen o Zelador do Elísio de Austin posso me apresentar ao soberano da camarilla aqui?

De joelhos, leva a sua mão até a dele puxando-a para si a conduz até seus lábios negros e pálidos, dava a entender que iria beijá-la ou pedir uma benção. Entretanto , para a surpresa de Ethan as presas da cainita surgem e ela a crava em seus pulsos com força.

Se o Malkaviano não se desvencilhar a vampira sugará o suficiente para estabelecer o primeiro "nível" de um laço.

Se puder ler seus pensamentos:

"Qual o gosto da loucura?"

"Confiará em mim agora?"

Curiosa e assustadora aquela ação tratando-se do histórico dela.

Ethan se agacha até a altura do rosto da mulher, porém não desvencilha o o pulso da presa de Obah, permitindo que ela Sinta o gosto da loucura e a compreensão que ela trazia.

_Paz, paz...

_E tendo dado graça ao partir, vos disse: Tomai e bebei, este é o sangue do novo testamento.

_Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer, será condenado.

_E eis que de graça voz entrego, o que de graça, recebi...

Ethan Crauser retira o pulso após completar um nível de laço na setita. Mas não só isso...

Obah enxerga o mundo nos olhos do Malkaviano. Se pega balbuciando palavras sem sentido de um dialeto antigo e o mundo espiritual(umbra negra) abraça a vampira.

Naquele instante a setita pode contemplar inúmeros espíritos de mortos da segunda guerra, mortos da guerra civil, mortos de origem desconhecida.

Se apavora no início, tamanho o poder que recebe daquele homem, tamanho o poder que vertia naquelas veias centenárias.

Mais que tudo, a vampira sente o amor que Ethan tinha por aquela cidade e pôde se por, mesmo que através de um êxtase descabido, no lugar do príncipe.

_A paz que eu vos dou, não é como o mundo a dá!

_Eu sou a sua sombra a sua direita!

Naquele instante, ouve inúmeras palavras bíblicas e sente um pacto formado.

OFF: Uso de paixão (demência um)

Leia e interprete.

Os olhos de Obah tomam sua forma natural, um perigo caso não estivessem à sós, pois a serpente ainda vive nela.

Enxergar o mundo nos olhos do louco, a fez balbuciar palavras sem sentido de um dialeto antigo e ao ser abraçada pela escuridão é despertada nela o verdadeiro sentido do poder da Demência peculiar daquela clã.

Demência esta que não torna as pessoas loucas, mas aquela que parece quebrar as barreiras para a verdadeira escuridão ... a da sua mente.

A cainita contempla os inúmeros espíritos de mortos da segunda guerra, mortos da guerra civil, mortos de origem desconhecida. Provavelmente tudo que um dia aquele homem viveu era trazido à tona. Apavorada, lágrimas de sangue descem dos seus olhos, tamanho o poder que recebe daquele homem, tamanho o poder que vertia naquelas veias centenárias.

Liberar para o exterior seu desejo mais profundo, mostrar para o mundo quem de fato é e o porque de estar ali, deixar alguém tão próximo assim do seu âmago de fato lhe mostra que a loucura nada mais é que o próximo passo a evolução mental.


Ethan parecia ainda ter dúvidas sobre quem e o que era aquela cainita, mas agora ambos talvez quisessem o que queriam. Não ter paredes um contra o outro.

Obah engatinha na direção onde o príncipe está agachado, estava quente. Parecia uma humana, linda como um dia foi sua amada.

- Eu quero você, quero o poder e a segurança de tudo que te cerca.

Rasga a roupa e volta a chorar, como uma criança assustada.

- Madrinha não faz isso... madrinha me protege... madrinha... ele toca em mim quando a senhora não está. Eu sinto medo... ele me toca e às vezes é dolorido... porque a senhora deixa ele fazer isso comigo.

Abraça Ethan desesperadamente, parecia estar ali duas pessoas diferentes. A primeira ambiciosa e com muita sede de poder, já a segunda frágil e completamente dependente de alguém... uma criança.

- Ethan, eu quero ser para você mais que tudo, mais que esta cidade. Quero mostrar à ela ... à maldita velha serpente que posso ser mais poderosa, que ele prefere à mim que tenho a magia nas minhas veias... mostrarei à ela que posso ter o mundo aos meus pés. E você PRÍNCIPE DA CAMARILLA DE AUSTIN me proporcionará isso e quando isso acontecer eu também serei sua. Me dê o que preciso e aqui para sempre será o meu lugar, a mais ardilosa das aliadas.

A voz infantil retorna novamente e agora a serpente beija freneticamente os lábios do malkaviano enquanto sussurra.

- O sol não te molestará de dia nem a lua de noite, o senhor te guardará de todo o mal. Guardará a tua alma.

Com todos aqueles beijos parecia querer sugar mais daquela loucura, em outros tempos o cainita se perderia diante de tanta sedução.

- O SENHOR guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre.

Diz ainda mais baixinho, mordiscando o seu ouvido.

- O... senhor... do ... escuro...

O príncipe acaricia o rosto de Obah uma segunda vez dando conforto a jovem sofrida que se revela do mais íntimo de suas entranhas, mas logo esta pureza novamente é perdida em uma demonstração de ambição e poder, um resquício do lado sombrio da alma da vampira.

Ethan se levanta e estende a mão.

_A guerra interior apenas começou...

Ao segurar em sua mão, o efeito do poder se desfaz e junto com ele a vergonha de ter lhe dito coisas que não deveriam, e agido como não deveria agir.

_Venha comigo minha criança, vou te acompanhar até o seu quarto. Você precisa muito descansar.

"_Eu vou acompanhar você até seu quarto, vou te deixar na porta. Lá você vai entrar, tomar um banho e dormir.

_Eu vou me retirar de lá e você vai permitir que isso ocorra." -Uso de dominação-

Com um sorriso acolhedor diz a mulher.

_Você já tem minha confiança.

Beija-lhe a testa no meio do percurso.

Com um pensamento previamente programado, a vampira já sabia o que deveria fazer, mas nada impede dela fazer qualquer outra ação até chegar a porta do seu quarto.

Silêncio!

Nada mais que um silêncio incomodo, principalmente para ela é, pode ser percebido.

Sob o efeito da dominação realiza o percurso até o quarto, não sentia vergonha, medo ou qualquer outra coisa. Não sentia nada!

Chega até o quarto, toma a iniciativa de abrir a porta e adentra. Sem trocar de roupa ou qualquer outra coisa, se dirige até a cama e lá se deita e fecha os olhos.

Não se despede, mas também não fecha a porta.

Apenas adormece.

Narração Obah

Obah abre os olhos e desperta, ao acordar nota que a porta estava fechada, diferente de como deixou na madrugada deste dia.

Alcança o celular que tocava insistentemente no criado mudo.

Narração Seraph

Seraph finalmente retorna ao Elísio.

Alcança os corredores e chega ao salão principal, lá estava a assistente de Ernest; Margot, conversando com o Malkaviano Tobin sobre um assunto qualquer.

Tobin estava de costas, Margot é a primeira a notar a presença do Malkaviano.

_Senhor Seraph...

_Doutor Tobin Goulart disse que tem um assunto a tratar com você.

Seraph procura por Barnes e ele estava em um corredor paralelo, fitando os quadros pintados a mão e as imagens existentes no Elísio.

Ele olhava justamente a imagem do imponente príncipe Benison, morto após uma investida sabá em Atlanta. Benison era o avô sanguíneo de Seraph.

-Muito boa noite a todos. Doutor, eu mandei mensagem para o seu celular avisando que estava na rua mas caso o senhor estivesse vindo, era só me avisar que eu voltava logo. Está esperando a muito tempo?

-Obrigado Margot por recepcionar o doutor por mim.

Abre os olhos e olha ao redor, continua sendo difícil se acostumar. Talvez nunca consiga.

Ao notar o toque do celular dá um salto levantando da cama indo direto pegá-lo.

A voz, agora rouca, atende:

- Pois não?!

**Ligação**

_Boa noite senhorita Obah Abdalla. Não é isso? - A voz era grave, mas carismática-

_Sou Siegfried Ferrel, e esta ligação é feita a mando do senhor Senescal. Ele disse que esta tudo finalizado com seu Escravo de Sangue e ele superou as expectativas. 

_Bertha Pepenheim, minha senhora, irá entregá-lo esta noite no Elisium. A senhorita pode recebê-lo lá?

Obah olha para cima e sua pálpebras chegam a tremer diante da notícia.

- Finalmente!

Levanta da cama e anda pelo quarto, nota que continua com a mesma roupa da noite anterior.

- Agradeça ao senhor Ibrahim por mim. Estarei aguardando.

Desliga o telefone e continua a andar pelo quarto de um lado para o outro. Havia muito a ser feito, principalmente não perder o pouco que tinha.

Analisa cada canto do quarto que por enquanto será seu. Olha para a mulher que se tornou, qual seria seu estilo? Sua personalidade? Sua essência?

O espelho a sua frente ao mesmo tempo que diz muito , não diz nada.

- Bem, Ernest Gleen já tem uma filha artista. Acho que agora terá a filantropa.

Segue rumo a um longo e demorado banho.

Narração - Seraph

Margot sorri de canto de boca para o Malkaviano enquanto diz:

_De maneira alguma Senhor Seraph, recepcionar todos os membros leais e garantir que eles tenham um ótimo tratamento, é o meu dever.

_Agora que o senhor chegou, vou deixa-los a sós. Acredito que tenham muito o que conversar. Boa noite aos dois!

Cordial e muito educado Doutor Tobin diz:

_Boa noite Milady!

Margot se retira para fazer uma ronda no Elísio. Tobin por sua vez, faz uma careta engraçada.

_Não se preocupe comigo, não faz vinte minutos que cheguei e sabia que logo retornaria.

_Agora, essa Tremere é diferente dos habituais não?

Narração - Obah

**Ligação**

_Boa noite senhorita e até breve!

**Ligação Encerrada**

***

A vampira se olhava no espelho e não consegue identificar uma falha sequer. Deveria sim representar bem este papel, sua não vida dependia deste teatro que se tornou sua existência.

Mas ficar ali naquela cidade era excitante, assistiria seu homem(Ethan) destruir aquele maldito dragão de camarote.

Obah se apronta e estava perfeitamente linda para o espetáculo da vida.

-Sim, diferente demais! Por acaso você já ficou sabendo de alguma cidade em que um tremere tenha servido de harpia??? (Falo em tom baixo)

-Bom, mais uma noite. Vamos ao meu quarto. Aproveito e te faço uma pergunta sobre algo que Malkavian me revelou nessa reportagem. *Jogo para ele o jornal.*

*Abro a porta do quarto, e espero eles entrarem. Faço um carinho no corvo e mais uma vez, pego a caveira e cortando meu pulso, coloco um ponto de sangue ali para Barnes beber. Levo a caveira até ele.*

-Viu alguma coisa no jornal?

Narração - Tobin

Tobin sorrir quanto a indagação curiosa de Seraph.

_Não, como harpia não. Mas senhorita Margot não exerce está função, ela é adjunto da Zeladoria do Elísio. Uma tenente! *Dizia baixinho também pela corredores* Acho que se o senhor chamar ela de harpia ela vai se zangar bastante...

Não muito demoram e chegam ao quarto. O corvo crucis alto ao chegar, como se perguntasse: E eu seu paspalho?

Tobin nota o animal e aponta com o beiço.

_Acho que tem alguém com ciúme.

Sim, faltava apenas um gole para o animal se ver preso em laço de sangue e ele pedia por isso...

Barnes bebe do líquido ferroso sem fazer muita cerimônia.

_Como disse ontem, esta noite Barnes já pode ficar com você!

*Quanto a gafe*
-Sendo bem sincero doutor, para mim não vejo diferença, esses cargos da corte só leva a uma coisa, querer sobrepujar o próximo para se ter mais poder.

*Coloco mais umas gotas e dou para o corvo enquanto continuo conversando.*

-Como havia dito, *Abro o jornal na frente dele* eu tive uma visão a cargo disso!

Descrevendo a Visão escreveu:Gritos distantes são ouvidos de todas as direções, enquanto uma visão turva começa a ganhar forma.

Enquanto o Malkaviano se concentra para entender os vislumbres que tomavam sua mente, um grito próximo o suficiente para fazer com que o Malkaviano tome um susto e leve instintivamente as mãos aos ouvidos.

A visão toma forma, mas o louco não consegue ver rostos, apenas um lobo que corria arrancando carne e destroçando os humanos. Enquanto corria atrás de um pequeno camundongo.

Não obstante a isso, um dragão voava dentro da boate, era um dragão jovem, mas o fogo que saía de sua boca foi grave o bastante para incendiar toda casa de espetáculo.

O dragão se uniu ao lobo na caça ao pequeno ratinho astuto, que escapa por um buraco carregando consigo uma rosa vermelha na boca.

Por fim a visão termina, com os destroços que estavam nítidas na fotografia, ao lado das contagens dos mortos.

-O que o senhor acha????

Doutor Tobin recolhe o jornal da maio de Seraph, pelo visto ele de encantou muito mais com o animal do que com o que aconteceu na cidade.

_Deixe-me ver...

Tobin analisa as imagens e sussurra a Seraph após isso.

_Me desculpe, não sou perito nesta área. Não consegui ver nada além de desgraça demais para uma madrugada só.

_Qual foi sua análise?

Abre a porta e ao cruzá-la pára e olha para trás. Sua imagem no espelho lhe lembra de algo importantíssimo.

Volta para dentro do quarto, anda de um lado para o outro cruzando as mãos uma na outra.

- Ainda é difícil se acostumar...

Traz o anel para bem próximo de seus olhos.

- Meu novo amuleto da sorte. Prefiro pensar que se trata disso.

Depois de um tempo volta a sair do quarto seguindo pelos corredores. Usa trajes bem simples e bem menos pomposos do que de outrora, a maquiagem também é leve. A pele de ébano transborda um doce perfume por onde passa.

Aguardaria a chegada de Brown na entrada, não dando tempo para que ele seja abordado por outros.





Off: Gasto sangue para ativar o anel.